Em 1944, o sistema financeiro
internacional estava destruído. Todos estavam em guerra contra as
potências do Eixo: Alemanha, Itália e Japão, mais preocupadas com avanços
bélicos que econômicos. A Grande Depressão de 1929 resultou em diminuição
drástica de produção, comércio e emprego e lançou toda a sorte em barreiras
comerciais, controle de capitais, medidas de compensação cambial. O
encontro de Bretton Woods foi um marco que modificou o funcionamento do
capitalismo.
Como o sistema financeiro internacional estava
despedaçado, era necessário estabilidade. Necessitava-se
de regras que dessem estabilidade monetária (sem as flutuações selvagens da
depressão de 1929) e ao mesmo tempo liberdade para seus capitais ocuparem o mundo. Era
preciso definir os caminhos a serem trilhados pós guerra.
O principal passo era
garantir a estabilidade monetária das nações. O acordo de Bretton Woods definiu
que cada país seria obrigado a manter a taxa de câmbio de sua moeda
"congelada" ao dólar, com margem de manobra de cerca de 1%. A moeda
norte-americana, por sua vez, estaria ligada ao valor do ouro em uma base fixa.
Foram criadas instituições multilaterais encarregadas de acompanhar esse novo
sistema financeiro e garantir liquidez na economia: o Banco Mundial e o Fundo
Monetário Internacional (FMI), com o
objetivo formal de financiar a reconstrução das economias destruídas pela
guerra e garantir a estabilidade monetária. Estabeleceram as regras
para as relações comerciais e financeiras entre os países mais industrializados
do mundo. O sistema Bretton Woods foi o primeiro exemplo, na história mundial,
de uma ordem monetária totalmente negociada independentes.
Em 1971, com crise económica e política dos EUA,
e sem consultar os demais países, o governo
Nixon acabou com a conversibilidade do dólar em ouro. Ou seja, o dólar seguiu
como a moeda de troca mundial, uma grande vantagem para os Estados Unidos, sem
a garantia de que pudesse ser trocado por ouro.
O FMI se
transformou em um instrumento de dominação, definindo e impondo políticas
econômicas aos países. Com isso a obtenção de empréstimos passou a depender da
disposição do país cliente de comprometer-se não apenas com certos parâmetros
de políticas macroeconômicas. O Banco Mundial impõe o padrão para as políticas
públicas, atacando a educação e promovendo programas sociais compensatórios.
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